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Crime de Receptação

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Nunca foi incomum a compra e venda de produtos informal de produtos novos ou usados, principalmente por sites e grupos de compra e venda na internet. O problema é que essa prática de venda “informal” tem facilitado a venda (e consequentemente compra) de produtos com origem ilícita.

A pergunta que surge frequentemente é: quem compra um produto de origem ilícita pode responder criminalmente? A resposta, sim, é afirmativa, mas com nuances que exigem uma análise detalhada. A receptação é um crime previsto no Código Penal Brasileiro (art. 180), que consiste em adquirir, receber, ocultar, ter em depósito, transportar ou de qualquer forma intermediar produtos provenientes de crime, com o objetivo de lucro.

De acordo com a legislação penal brasileira, quem compra produto de origem ilícita pode ser responsabilizado criminalmente, independentemente de saber que o bem é produto de crime. No entanto, a pena e a tipificação do crime dependem do conhecimento do comprador sobre a ilicitude da origem do produto. Como exemplo: quando o comprador, mesmo sem saber que o produto é furtado ou roubado, pode ser responsabilizado, desde que o bem tenha sido adquirido de boa-fé. A simples ignorância do crime não isenta a pessoa de responsabilidade, mas pode reduzir a gravidade da pena. Já quando o comprador tem plena ciência de que o produto adquirido é ilícito, a responsabilização é mais severa.

É importante destacar que a receptação se diferencia de outros crimes como o furto ou o roubo, pois não implica em uma ação direta de subtração de bens, mas sim na participação indireta, ao adquirir produtos oriundos de crimes. Mesmo assim, o fato de alguém adquirir um bem sabidamente furtado ou roubado configura uma infração penal que visa a desestimular a aceitação do lucro ilícito gerado por crimes anteriores.

O comprador de boa-fé, que adquire um produto sem saber da sua origem criminosa, pode ter sua pena atenuada, mas isso não significa que ele estará isento de punição. A lei reconhece o princípio da boa-fé como um fator mitigador da responsabilidade, mas o risco de ser responsabilizado criminalmente é uma consequência do comércio de bens sem verificar a procedência dos mesmos.

Para evitar que se envolva em práticas criminosas, é essencial que compradores de produtos de valor considerável (como eletrônicos, veículos e joias) realizem diligências e investigações básicas para confirmar a origem dos produtos que adquirem. Caso o comprador tenha dúvida sobre a procedência do item, pode buscar esclarecimentos junto aos órgãos competentes, como a polícia ou órgãos de fiscalização.

Em tempos de crescente digitalização das transações comerciais, a responsabilidade de prevenir a receptação também se estende aos comerciantes e às plataformas de venda, que devem adotar medidas eficazes de rastreamento de produtos e de verificação de procedência, a fim de evitar que bens roubados ou furtados sejam revendidos.

Em síntese, a pessoa que adquire produto de origem ilícita pode, sim, ser responsabilizada criminalmente pela receptação, sendo a pena variável conforme o conhecimento ou não da origem criminosa do bem. No entanto, o simples fato de realizar a compra de um produto de origem duvidosa pode levar a sérias consequências legais, tanto para o comprador quanto para aqueles envolvidos na comercialização desses bens ilícitos.

A orientação jurídica, a cautela e a diligência nas transações são, portanto, fundamentais para evitar que qualquer pessoa se envolva em práticas ilícitas e sofra as consequências de um crime que visa combater a valorização de produtos roubados ou furtados.

O Jornal Do Povo Digital é um portal de notícias independente, com sede em Parobé e Gramado, voltado a informar com responsabilidade, clareza e compromisso com a verdade. Atuamos diariamente na cobertura dos principais acontecimentos do Vale do Paranhana e região, sempre com foco na comunidade e nos temas que impactam a vida do cidadão comum.

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Brasil

O mundo celebra o Dia do Chocolate

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Hoje é Dia Mundial do Chocolate! Celebrado em 7 de julho, a data marca a chegada dessa iguaria dos deuses à Europa, no século XV.

Antes disso, o chocolate era um tesouro das civilizações Maias e Astecas, e era usado até como moeda!

Com a Revolução Industrial, tomar chocolate quente (o que era símbolo de status da aristocracia europeia), passou a encantar paladares ao redor do mundo. E até hoje, seguimos apaixonados!

Além do sabor irresistível, o chocolate ao leite ou meio amargo traz vários benefícios à saúde quando consumido com moderação:

  • Reduz o estresse
  • Melhora o humor
  • Ajuda o raciocínio
  • Combate ansiedade e depressão
  • Dá energia ao organismo e combate a hipertensão

Curiosidades:

  • Chocolate branco não é tecnicamente chocolate! Ele consiste nem mistura de manteiga de cacau, açúcar e leite.
  • Chocolate diet é para diabéticos, não para emagrecer!
  • Cada brasileiro consome kilos de chocolate por ano!

Que tal celebrar com aquele pedacinho que te faz sorrir?

Compartilhe essa delícia com alguém especial e aproveite com consciência!

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Parobé

Alimentação rica em nutrientes nas creches de Parobé

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As escolas de Educação Infantil de Parobé estão dando um verdadeiro show de criatividade e cuidado com a saúde dos nossos pequenos!

Nada de frituras ou doces industrializados por aqui — agora, as festinhas de aniversário são recheadas de frutas, cores e muito sabor!

Essas imagens incríveis são da Festinha das Frutas na EMEI Algodão Doce.

Pratos lindos, nutritivos e super divertidos, preparados com todo carinho para tornar esse momento ainda mais especial!

Parabéns aos educadores, famílias e às crianças por essa iniciativa tão linda e saudável!

Vamos juntos cultivar bons hábitos desde cedo!

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Taquara

Havan e atacarejo do Grupo Zaffari chegam a Taquara

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Um novo capítulo na economia do Vale do Paranhana! A assembleia dos associados do CTG O Fogão Gaúcho aprovou a proposta de venda da sede campestre, destravando a instalação da megaloja da Havan em Taquara!

O terreno será dividido:

  • 17 mil m² destinados para a Havan
  • 28 mil m² para a Embravilye Administrações e Participações Ltda – braço imobiliário do Grupo Comercial Zaffari
  • E uma fração seguirá com o CTG

A Havan estima um investimento de R$ 200 milhões na construção da megaloja, com geração de 200 empregos diretos! O valor da negociação do terreno não foi divulgado.

A próxima etapa é a formalização do contrato de compra e venda. Em seguida, o projeto será protocolado na Prefeitura, com previsão de liberação da área em até 90 dias.

A expectativa do Grupo Zaffari é de que uma unidade do Stok Center também seja construída no local.

A negociação começou em 2017, mas foi só agora, em 2025, que o projeto saiu do papel, com a presença do proprietário Luciano Hang, ao lado de lideranças políticas da região.

Taquara se prepara para uma nova fase de crescimento.

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